sexta-feira, 10 de junho de 2011

Rosa de Hiroshima

Rosa de Hiroshima
(Vinicius de Moraes)

Pense nas crianças mudas, telepáticas
Pense nas meninas cegas, inexatas
Pense nas mulheres rotas, alteradas
Pense nas feridas como rosas cálidas
Mas só não se esqueça da rosa, da rosa
Da rosa de Hiroshima, a rosa hereditária
A rosa radioativa, estúpida inválida
A rosa com cirrose a anti-rosa atômica
Sem cor, sem perfume, sem rosa, sem nada.

Questões

1)    Por que o texto se intitula Rosa de Hiroshima?
2)    Em que sentido as mulheres ficaram rotas e alteradas?
3)    Por que a rosa de Hiroshima é uma rosa hereditária?
4)    Em que sentido a rosa de Hiroshima é uma rosa com cirrose?
5)    Como o autor conclui  seu poema? Explique.

Friedrich Nietzsche

Friedich Nietzsche

Nietzsche foi um filosofo totalmente favorável à vida e à alegria de viver. Dizia ele que o homem possui uma vontade de potência, ou seja, uma vontade de viver mais. Nesse sentido, Nietzsche era totalmente contra a filosofia socrática, por acreditar que Sócrates abriu mão de sua própria vida em função de um ideal ascético, em nome das leis de sua cidade. Para Nietzsche não existe nada que esteja acima da própria vida e dos valores vitais. Assim, Nietzsche era também contra o cristianismo, por considerá-lo uma filosofia dos fracos, ligada à moral do rebanho, onde a autonomia do mais forte se perde em meio aos valores da multidão. Para Nietzsche o homem verdadeiramente forte possui uma autonomia que é inalienável em face de qualquer valor que o enfraquece e o rebaixa diante de quem quer que seja. Tanto o socratismo quanto o cristianismo são, para Nietzsche, representativos da decadência da cultura humana, por apresentarem sinais da queda da vontade de viver. A verdadeira cultura, diz ele, a cultura verdadeiramente viril é aquela de antes do surgimento da filosofia, onde os valores máximos da cultura estavam vinculados ao deus Baco, o deus da alegria, da festa e do vinho. Tudo o que veio após ela significa o apolíneo, a ordem, que representam a decadência da cultura. Em contraposição ao deus Apolo, o deus Dionísio representa o verdadeiro deus da vida.

Atividade

Elabore três perguntas a partir do texto acima. (Valor = 0,5)

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Aula 1 Ano

Filosofia Antiga – Segunda Parte (Os pós-socráticos)

A)      Platão: Uma das condições para a indagação ou investigação acerca das Ideias é que não estamos em estado de completa ignorância sobre elas. Do contrário, não teríamos nem o desejo nem o poder de procurá-las. Em vista disso, é uma condição necessária, para tal investigação, que tenhamos em nossa alma alguma espécie de conhecimento ou lembrança de nosso contato com as Ideias (contato esse ocorrido antes do nosso próprio nascimento) e nos recordemos das Ideias ao vê-las reproduzidas palidamente nas coisas. Deste modo, toda a ciência platônica é uma reminiscência.
B)      Aristóteles: As quatro causas: Para Aristóteles, existem quatro causas implicadas na existência de algo: a) A causa material (aquilo do qual é feita alguma coisa, a argila, por exemplo); b) A causa formal (a coisa em si, como um vaso de argila); c) A causa eficiente (aquilo que dá origem ao processo em que a coisa surge, como as mãos de quem trabalha a argila); d) A causa final (aquilo para o qual a coisa é feita, cite-se portar arranjos para enfeitar um ambiente).
C)      Epicurismo é o sistema filosófico ensinado por Epicuro de Samos, filósofo ateniense do século IV a.C., e seguído depois por outros filósofos, chamados epicuristas. Epicuro acreditava que o maior bem era a procura de prazeres modestos de forma a atingir um estado de tranquilidade (ataraxia) e de libertação do medo, assim como a ausência de sofrimento corporal (aponia) através do conhecimento do funcionamento do mundo e da limitação dos desejos. A combinação desses dois estados constituiria a felicidade na sua forma mais elevada. Embora o epicurismo seja doutrina muitas vezes confundida com o hedonismo (já que declara o prazer como o único valor intrínseco), a sua concepção da ausência de dor como o maior prazer e a sua apologia da vida simples tornam-no diferente do que vulgarmente se chama “hedonismo”.
D)      O estoicismo é uma doutrina filosófica fundada por Zenão de Cítio, que afirma que todo o universo é corpóreo e governado por um Logos divino (noção que os estoicos tomam de Heráclito e desenvolvem). A alma está identificada com este princípio divino, como parte de um todo ao qual pertence. Este logos (ou razão universal) ordena todas as coisas: tudo surge a partir dele e de acordo com ele, graças a ele o mundo é um kosmos (termo que em grego significa "harmonia"). O estoicismo propõe viver de acordo com a lei racional da natureza e aconselha a indiferença (apathea) em relação a tudo que é externo ao ser. O homem sábio obedece à lei natural reconhecendo-se como uma peça na grande ordem e propósito do universo, devendo assim manter a serenidade perante as tragédias e coisas boas. O estoicismo floresceu na Grécia com Cleantes de Assos e Crisipo de Solis, sendo levada a Roma no ano 155 a.C. por Diógenes de Babilônia. Ali seus continuadores foram Marco Aurélio, Séneca, Epiteto e Lucano.
E)       O Ceticismo filosófico originou-se a partir da filosofia grega. Uma de suas primeiras propostas foi feita por Pirro de Élis (360-275 a.C.), que viajou até a Índia numa das campanhas de Alexandre, o Grande para aprofundar seus estudos, e propôs a adoção do ceticismo "prático" (ver também Pirronismo). Subseqüentemente, na "Nova Academia", Arcesilau (315-241 a.C.) e Carnéades (213-129 a.C.) desenvolveram mais perspectivas teóricas, que refutavam concepções absolutas de verdade e mentira. Carneades criticou as visões dos dogmatistas, especialmente os defensores do estoicismo, alegando que a certeza absoluta do conhecimento é impossível. Sexto Empírico (200 d.C.), a maior autoridade do ceticismo grego, desenvolveu ainda mais a corrente, incorporando aspectos do empirismo em sua base para afirmar o conhecimento. Ou seja,o ceticismo filosófico é procurar saber, não se contentando com a ignorância fornecida atualmente pelos meios públicos, por meio da dúvida. Opõe-se, assim, ao dogmatismo.

            Questões
1)      Descreva a teoria da reminiscência de Platão.
2)      Descreva a teoria das quatro causas de Aristóteles, exemplificando.
3)      Qual o filósofo fundador do epicurismo é o que ele pregava?
4)      Qual foi o filósofo fundador do estoicismo e o que pregava sua doutrina.
            5) Quem primeiro fez a proposta do ceticismo grego? Quem foram seus seguidores e o que eles pregavam? Qual a posição de Sexto Empírico diante do dogmatismo?